sábado, 30 de abril de 2016

Eu não sei o que fiz de errado. Não reconheço os meus erros no meio do desespero que faz a minha alma gritar silenciosamente. Na verdade, é tudo o que resta em mim. Gritos. Silenciosos e intermináveis que apenas são abafados pelo meu choro escondido dos olhos do mundo.
Escorrem lagoas pela minha face sem eu sequer dar conta desse dilúvio infernal dos meus sentimentos. Queria que tudo isto tivesse um final conclusivo, mas isso não é possível.
Preciso de uma razão, um motivo apenas para teres tomado a tua decisão sem sequer pensares em mim. Contudo, nada dói mais do que as promessas quebradas e deixadas aos cuidados do vento, que as leva desnaturadamente, sem se importar na grande parte de mim que leva trancado nas suas correntes.
Trocaste-me. Por alguém e por ninguém. Por um mundo mais além. Um mundo que não tem o amor que eu te dei nem a facada que de ti levei.
Diz-me o porquê. Diz-me onde errei. Diz que a culpa é minha! Prefiro essa dor à de não saber a razão de tudo ter tomado o caminho que tomou. Atira-me as culpas, as mágoas e as frustrações que eu prometo guardá-las da mesma maneira que tu prometeste que nunca irias deixar-me.
Só quero libertar-me desta troca, deste comércio desumano no qual eu sou escravo inocente. Liberta as minha correntes pois eu mereço ser livre tal como tu sempre foste, mas quiseste-o ser com outra pessoa. Afinal, eu também me trocava a mim próprio sem sequer olhar para trás.

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