Distante. Como o relâmpago que atinge longe mas que nos toca tão perto. Como a tempestade, da qual só sentimos a brisa. Como o coração partido, do qual só vemos os estilhaços. Como tudo e nada. Como eu me sinto sem ti.
Tamanha desilusão que permanece constante, e eu aguardo que o tempo revele que esta não é intemporal. Aguardo. Dia após dia. Nada de novo acontece e o sentimento continua resguardado em mim, incluindo a parte que deixaste para trás.
Foste com o vento. Com a brisa marítima que chega do mar, que te levou, e que abandonou o seu sal nas minhas feridas, que até hoje continuam abertas sem nunca cicatrizarem.Foste. Não voltas. Não queres. Não sentes. Não amas. Não ME amas. E eu, sem querer, continuo a apaixonar-me por ti todos os dias.
Não vejo a tua face. Não sinto o teu cheiro. Não possuo o teu toque. E tanto que eu queria. Mas não quero. Queria saber largar-te onde pertences e trancar-te lá para sempre: No passado. No meu passado. No nosso passado.
Sinto a tua falta. Recuso-me. Mas o sentimento é mais forte que as minhas vontades. TU és mais forte que as minhas vontades. Sai da minha cabeça tal como eu saí da tua. Deixa-me sentir a paz que tu sentiste quando me deixaste. Abandona o meu coração tal como tu me arrancaste do teu. E não voltes, nunca mais. Apesar de eu te querer. Apesar de eu te desejar. Apesar de eu te amar.
 
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